Pipocas
O homem cala
E a vida lhe sorri.
Não há mais tempo para as brincadeiras infantis.
À labuta do corpo lhe bastaram as últimas forças.
Vieram cortejar os amigos.
O último passeio
Rumo ao último destino.
Carregam-no nos braços os amigos.
Calado, dizendo a cada um em tom bravio.
Palpitando em suas mentes
Uma virginal clareza,
Explodindo em seus sentidos
Como pipoca doce.
Entregando-lhes um sorriso
Em sua última homenagem…
Póstuma.
Anderson Ribeiro
Poema publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores na “Antologia de Poetas Brasileiros Conteporâneos” número 23.
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