Revoada

Revoada

Trago um amor leve como o éter
É que a felicidade é ter cabelos e sonhos que possam crescer juntos
Eu vivo para os bons
E a iniquidade dos anjos ficou pra trás
Assim como as explicações
Sou do mundo mas prefiro cavernas a comícios
E planejo memórias em tubos de ensaio
São planos quixotescos que rimam com alívio
Porque analgésico bom é a virtude
E honra é deixar viver
É que a gente morre junto com a morte dos outros
Acalmo poemas com pintassilgos pra distrair o tempo
Sabiás também servem
Agora é hora do canto e do bater de asas
A distância lá de cima é menor
Onde o vôo do equilíbrio é belo
Há lados do bem em todas as nuvens escuras
E alados coiotes sobre a alcateia de ovelhas canibais
Nestas bandas, sou bando
Voar sozinho dói
É tortura disfarçada em tradição
Migrar é coisa de muitos

Anderson Ribeiro


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