Limbo
Os fonemas matemáticos não mais funcionam
As aliterações já não repetem sons
Beringelas e beligerantes representam a síntese
São minhas declarações de motivos
Aquelas que cultivo em poemas disléxicos
Dividendo e divisor de meus pecados
O desejo e o reflexo de minhas ações
O que completa também divide
E todo começo começa um fim
Não devo mais imprimir sulcos nos discos de acetato
Porque viajar no tempo é pra quem morre de amores
E o ônibus lotado passou e eu o perdi
Agora aos poucos vou esquecendo as canções
Aos loucos vou me entregando em monções
Desço dos palcos para os pequenos
É deles minha atenção
O show acaba quando os sonhos morrem
Cancelem as toalhas brancas
Vivo de guardanapos
Anderson Ribeiro
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