Assassinado Pelo Autor
Era no desjejum beber pétalas
E florir poemas pelo dia
E mesmo quando comer não podia
Vivia de si sem metas
Era inteiro por ter companhia
E de tão uno se dividia
E de tanto criar
Era cria
Fora terceira constante
Viu ser primeira distante
Desfez os nós delirante
Então assumi hesitante
Pois finjo rimas pra ver
Que o que tem de real em você
Vem de onde eu vim
Deve ser
Onde se valem das dúvidas
Pela certeza de acertar
Lá onde sei
Poder tentar
Onde aos poucos se entende
Ter menos poder do que vende
E mais dependente que quer
E que isso é muito bom
Se o orgulho não vier
Mas sinto minha voz cansada
Rimar com meu violão empoeirado
Meu baixo guardado
Minha guitarra esquecida
O arcabouço dos meus pulmões é passado
Então sirvo um adeus à francesa
Para os cegos e para os ausentes
Mas os poucos meus
Hão de saber que acenei
Anderson Ribeiro
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